Os testes sistemáticos de detecção d e BSE em bovinos maiores de 30 meses começa hoje em França. O programa deverá atingir cerca de 20 mil reses por semana.
O programa de testes sistemáticos de detecção da doença das «vacas loucas» em bovinos maiores de 30 meses começa hoje em França, que poderão atingir cerca de 20 mil reses por semana.
A rápida aplicação do plano tem por grande objectivo proteger o consumidor e a gestão do mercado, disse o ministro da Agricultura francês, Jean Glavany.
Para o titular da pasta da Agricultura «esta é a única maneira de sair da crise» para favorecer a recuperação da confiança entre os consumidores.
Em entrevista publicada hoje no diário «L´Humanité», Glavany explicou que ao ter-se tomado a decisão na União Europeia (UE) de abater ou fazer testes em todos os bovinos com mais de 30 meses, vai «ser muito difícil vender animais que tenham superado essa idade».
Por esse motivo, considerou que a melhor forma de relançar o mercado é aplicar a decisão da UE o mais depressa possível».
Glavany defendeu, ainda, que a crise das «vacas loucas» (Encefalopatia Espongiforme Bovina) torne possível «uma consciencialização que faça evoluir a agricultura europeia para uma revolução qualitativa».
«O modelo agrícola europeu deve evoluir em profundidade, dar apoio à produção, à segurança alimentar, ao emprego na agricultura e ao meio ambiente, entre outros vectores», disse.
O problema das «vacas loucas» em França foi posto na ordem do dia, em Outubro, com a presumível introdução fraudulenta de um animal doente num matadouro, o que obrigou a retirar toneladas de carne dos supermercados.
As vendas de carne bovina chegaram a cair em 50 por cento, e as exportações para países vizinhos foram brutalmente afectadas.
Pelo menos 233 casos da doença das «vacas loucas» foram até hoje detectados em França desde 1991, 153 dos quais no ano 2.000.