A Associação dos Profissionais de Polícia acusou hoje os dirigentes da Associação Sócio-Profissional da PSP de «mentir aos polícias e não defender os seus interesses».
A Associação dos Profissionais de Polícia (APP - PSP) acusou hoje os dirigentes da Associação Sócio-Profissional da PSP (ASPP) de «mentir aos polícias e não defender os seus interesses».
A APP acusa a ASPP dizendo que para além de «mentir aos polícias e não defender os seus interesses como devia, esta associação (ASPP) serviu, e apenas só, num passado recente, os interesses do Governo».
A Associação afirma que a ASPP descurou «questões essenciais que ainda hoje se encontram por resolver, mas (...) a ASPP e os seus correligionários deram como factos consumados».
Os dirigentes da APP interrogam o facto dos apoios estatais, sobre o caso Fundação para a Prevenção e Segurança, se os ditos apoios «não condicionaram a actuação da ASPP nas negociações que estavam a decorrer com o Governo».
Além disso, acusam o ex-secretário de Estado, Luís Patrão, de «sonegar» documentos à APP, como foi o caso do decreto-lei 273/2000 que definiu as promoções «sem qualquer critério e que mereceram já centenas de reclamações por escrito dos profissionais da PSP para a direcção nacional».
Os dirigentes da APP apelaram aos seus congéneres da ASPP para não «esquecerem na gaveta» as ameaças de apresentação de queixas crime, mas questionando a razão pela qual a referida associação não acusa os jornalistas que divulgaram o alegado financiamento governamental às suas actividades.
A APP apelou aos partidos políticos representados no parlamento para investigarem «até às últimas consequências» os alegados apoios concedidos pelo Estado à ASPP, através da Fundação para a Prevenção e Segurança.