Líder do PSD disse que é pouco o que o governo está a fazer pelo país. Passos Coelho adiantou que o país não se esforça o suficiente para aproveitar o trabalho feito pelo governo que ele liderou.
O presidente do PSD disse, em Santarém, que não se conhece nenhuma "reforma importante", nenhum esforço "para ir mais longe" do atual Governo, que acusou de estar a viver da "herança do passado".
"Quem não se esforça para ir mais longe não chega lá. Pode viver de heranças, mas as heranças acabam, esgotam-se. Gostava de ouvir o Governo dizer uma coisinha, pouca que fosse, sobre o muito que tem de fazer se queremos ser ambiciosos", afirmou o líder social-democrata.
Falando no encerramento da convenção autárquica do PSD do distrito de Santarém, Pedro Passos Coelho lamentou que o Governo socialista tenha "desperdiçado" todo o trabalho feito em matéria de descentralização de competências e que, só em vésperas das eleições autárquicas, tenha "sinalizado uma vontade genérica" com um "projeto de intenções" que, na generalidade, "são uma deceção", pois só quer transferir responsabilidades para os municípios sem dizer que meios vai disponibilizar.
Dirigindo-se aos autarcas e aos candidatos do partido às eleições de 01 de outubro, Passos Coelho afirmou que hoje, "felizmente, o país pode crescer" porque o seu Governo fez "o que era preciso" e também "porque a Europa está a crescer mais" e porque o turismo "está em alta".
"Agora que percebemos que o país pode mais, é preciso fazer alguma coisa para que isto dure, temos de fazer mais e melhor", disse, acusando os membros do atual Governo de andarem "de um lado para o outro" em "campanha e propaganda por todo o lado", sem que se conheça "nem uma" reforma importante "a olhar para o futuro".
O líder social-democrata exortou o Governo socialista a ser, "pelo menos, coerente" com a promessa de uma "política diferente", que permitiria devolver rendimentos e baixar impostos e, ao mesmo tempo, reduzir o défice, "sem outros sacrifícios".