O governador do Estado do Rio de Janeiro prepara-se para decretar a calamidade pública perante os efeitos das chuvas torrenciais dos últimos dias. As enxurradas já mataram mais de 40 pessoas e a cidade de Petropólis está isolada.
Já chegou a 45 o número oficial de mortos por causa da chuva que tem caído no Estado do Rio de Janeiro desde a noite de domingo. A tragédia pode revelar-se ainda maior porque no município de Petropólis, onde já foram encontradas 28 vítimas mortais, ainda há 48 desaparecidos.
Naquele município, o volume da chuva chegou a 250 milímetros cúbicos, mais 30 do que em 1988 quando 64 pessoas morreram em Petropólis. A cidade está isolada por causa de desabamentos na estrada que a liga ao Rio de Janeiro.
Depois de Petropólis a região do Estado mais atingida é a Baixada Fluminense onde nove pessoas morreram e o número de vítimas fatais só não foi mais elevado porque a região é mais plana e menos sujeita a desabamentos. Mas há cerca de dois mil desalojados.
A meteorologia prevê a continuidade da chuva e alerta para o perigo da queda de granizo. O governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, anunciou a intenção de anunciar o estado de calamidade para a região.
O ministro da Integração Regional ofereceu ao governador a possibilidade de intervenção de tropas do exército para efectuar as operações de socorro.
O único lado bom desta situação é o facto dos reservatórios das hidroeléctricas estarem a encher pelo que há hipótese do racionamento de energia a que o Rio está sujeito, desde meados deste ano, terminar.