No Gabão e na República Democrática do Congo, 20 dos 29 casos confirmados do vírus da febre hemorrágica ébola morreram desde que foi detectado um novo surto da doença, divulgou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com a agência das Nações Unidas, esta é «uma das mais virulentas doenças que pode afectar o ser humano» e estão previstas mais mortes nesta região, onde existem suspeitas de mais oito casos.
Segundo a OMS estão mais de 200 pessoas sob vigilância por suspeita de contacto directo com o sangue ou os fluidos corporais das vítimas.
Das infecções confirmadas, 17 foram detectadas no Gabão e as restantes 12 em aldeias vizinhas na República Democrática do Congo.
Na área, encontra-se uma equipa médica internacional para tentar controlar o surto em cooperação com os Ministérios da Saúde dos dois países.
A doença foi baptizada com o nome de um rio do noroeste da RD Congo, onde foi detectada pela primeira vez em 1976.
Manifesta-se inicialmente por fortes dores de cabeça, nas articulações e no peito, o que leva a confundi-la com outras patologias como a malária ou uma gripe comum.
Depois dos primeiros sintomas surgem vómitos, diarreia, erupções cutâneas e hemorragias internas e externas.
O ébola transmite-se através do contacto directo com o sangue ou os fluidos corporais das pessoas infectadas e é mortal em 90 por cento dos casos.
Não existe vacina ou tratamento específico para a doença.