O ministro das Finanças responde desta forma às acusações do PSD de que o Governo cortou onde não devia para conseguir a saída do procedimento dos défices excessivos.
O PSD usou, esta quarta-feira, a metáfora do cobertor demasiado curto para acusar o Governo de ter feito cortes em funções essenciais para conseguir a saída do procedimento dos défices excessivos. O ministro das Finanças respondeu usando a mesma metáfora.
A troca de palavras aconteceu na comissão de Orçamento e Finanças e começou com a acusação do deputado do PSD, Duarte Pacheco: "Diz o povo que quando o cobertor é pequeno, alguma parte fica a descoberto".
O parlamentar social-democrata sugeriu que os cortes decididos pelo Executivo em áreas fundamentais podem ter contribuído para os casos recentes do incêndio de Pedrógão Grande e do roubo de armas em Tancos.
Duarte Pacheco não ficou sem resposta. Mário Centeno considerou que se o cobertor é curto é porque alguém o pôs na máquina à temperatura errada.
"Em novembro de 2015, o cobertor tinha sido colocado de novo na máquina de lavar, para centrifugar numa temperatura que o estava a fazer encolher outra vez. Porque a verdade é que o senhor deputado suportou um governo que foi o único governo da democracia portuguesa que entregou um cobertor mais pequeno do que aquele que recebeu", disse o ministro.
O ministro das Finanças continuou, sublinhando as diferenças de resultados entre este governo e o anterior em áreas essenciais