Saúde

Meia centena de médicos do SNS em risco de perder o emprego

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Vazio legal está a colocar em risco posto de trabalho de pelo menos uma centena de médicos. Associação acredita que o Executivo vai resolver situação muito em breve.

A Associação de Médicos pela Formação Especializada (AMPFE) confia que o governo vai resolver, em breve, o problema dos médicos do Serviço Nacional de Saúde sem vagas no concurso de acesso à especialização.

Em causa está o atraso na publicação de uma portaria que devia evitar o despedimento dos médicos que, em 2015, não conseguiram aceder à especialidade depois do ano comum.

Até 2015, o acesso à especialização era obrigatório. Mas, há dois anos, no concurso que foi aberto, houve mais candidatos do que vagas, o que criou um impasse e colocou em risco o posto de trabalho de alguns médicos.

Agora, que já não há obrigatoriedade da especialização para que um médico possa exercer, meia centena de médicos estão numa situação de vazio legal em risco de perder o emprego.

Quarta-feira, o PCP e o Bloco de Esquerda pediram explicações ao ministro da Saúde sobre a situação destes médicos, lembrando que, a 21 de junho, numa audição parlamentar, o ministro Adalberto Campos Fernandes assegurou que a solução para que estes mais de 100 médicos continuassem no Serviço Nacional de Saúde seria resolvida através de uma portaria que estaria "por dias".

Ouvido esta quinta-feira pela TSF, o presidente da AMPFE especificou que um médico já foi despedido (em Viana do Castelo) e outros 50 têm o lugar em risco. Estevão dos Santos acredita que, dentro de pouco tempo, o problema vai estar resolvido.

Ontem, o ministério da Saúde disse à TSF que já deu ordem aos hospitais para manterem estes postos de trabalho.