Mundo

Filho de Trump recebeu informação do Kremlin para prejudicar Hillary Clinton

Donald Trump e Donald Trump Jr. Lucas Jackson/Reuters

O New York Times noticia este domingo que Donald Trump Jr., o filho mais velho do presidente norte-americano, reuniu-se com uma advogada russa que lhe terá fornecido informações comprometedoras.

O jornal, que cita três conselheiros da Casa Branca e duas outras fontes, todos sob anonimato, revela que esta foi a primeira de várias reuniões entre cidadãos russos e pessoas próximas de Donald Trump. Neste encontro com a advogada Natalia Veselnitskaya estiveram, para além de Donald Trump Jr., o genro, Jared Kushner. e o diretor de campanha do atual presidente, Paul J, Manafort.

A existência da reunião foi recentemente revelada num documento confidencial da administração a que o New York Times teve acesso. Nessa reunião, que aconteceu dias depois de Donald Trump ter sido nomeado como candidato republicano, escreve o jornal, o filho mais velho de Donald Trump recebeu informação do Kremlin para prejudicar Hillary Clinton.

Donald Trump Jr. já admitiu em comunicado que se reuniu com a referida advogada "a pedido de uma pessoa conhecida", mas desdramatiza a situação.

"Afirmou que detinha informações que davam conta que indivíduos ligados à Rússia estavam a financiar o Comité Nacional Democrata e a apoiar Hillary Clinton. As suas afirmações eram vagas, ambíguas e não faziam sentido. Nenhuns detalhes que sustentassem as alegações foram oferecidos. Rapidamente ficou claro que ela não possuía qualquer informação relevante", escreveu o filho mais velho do presidente norte-americano.

Mark Corallo, um porta-voz do advogado de Donald Trump, já veio garantir que este "não teve conhecimento nem esteve presente em qualquer reunião".

Trump negou por várias vezes qualquer implicação do Kremlin nas eleições para a presidência e diz que nunca obstruiu a justiça nas investigações sobre a possível intervenção russa na decisão dos destinos da América.