Economia

Carlos Costa "convencido que a venda do Novo Banco vai ser bem sucedida"

Tiago Petinga/Lusa

O governador do Banco de Portugal, que representa o Fundo de Resolução, acredita que a venda do Novo Banco ao fundo Lone Star vai permitir recuperar a quota-parte de capital e minimizar perdas.

O otimismo é do governador do Banco de Portugal apesar de ainda faltar luz verde de Bruxelas e do Banco Central Europeu, à venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star e de não estar concluída a troca de dívida do Novo Banco.

"Se esta operação for bem-sucedida como esperamos, num contexto de recuperação na Europa e do mercado financeiro em Portugal, no contexto de um banco muito importante nas PME que conseguiu recuperar a quota em crédito e os depósitos de forma significativa estão criadas as condições para que o comprador seja bem-sucedido. E se a Lone Star for bem-sucedida, o Fundo de Resolução vai recuperar a sua quota-parte (de capital) e será mais bem-sucedido na minimização de perdas nos ativos protegidos pelo mecanismo de capital contingente", disse Carlos Costa, ouvido esta tarde, no Parlamento.

O governador admitiu "incertezas" mas avisou que caso o negócio falhe, a consequência será que"todas as partes interessadas têm mais a perder do que podem imaginar".

Carlos Costa disse ainda que serão conhecidas em breve as condições de troca de dívida do Novo Banco, operação essencial para concretizar a venda à Lone Star, e avisou que sem isso se abre uma fase de indefinição complicada.

O governador mantém que a operação "será neutra do ponto de vista de finanças públicas" e que está a ter bons reflexos na imagem do país, destacando o facto de "uma das agências de notação financeira" que melhorou a perspetiva do rating de Portugal ter colocado o Novo Banco "do lado positivo".

O governador apontou o mesmo prazo já referido pelo Governo, o mês de novembro para o processo de venda possa estar concluído.