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EUA: Daesh continua a ser a maior ameaça terrorista

Azad Lashkari/Reuters

No seu relatório anual de 2016 sobre terrorismo no Mundo, o Departamento de Estado nota que o Estado Islâmico perdeu muito território na Síria e no Iraque.

O Departamento de Estado norte-americano considera, no seu relatório anual, que o grupo Estado Islâmico (EI) era, em 2016, a "mais poderosa ameaça terrorista para a segurança global", e o Irão era "o principal Estado patrocinador do terrorismo".

No seu relatório anual de 2016 sobre terrorismo no Mundo, divulgado esta quarta-feira, o Departamento de Estado nota que o Estado Islâmico perdeu muito território na Síria e no Iraque, pelo que se encontra no "seu ponto mais baixo, quanto a força no campo de batalha, desde pelo menos 2014".

No entanto, nem por isso o Estado Islâmico deixa de ser "a mais potente ameaça terrorista para a segurança global", indica a diplomacia norte-americana. Apesar de o número de ataques terroristas ter baixado 9% a nível global em 2016 (e de as mortes causadas pelo fenómeno terem caído 13% face a 2015), o Estado Islâmico aumentou o número de atentados.

Washington também considera que o Irão continua a ser o "principal Estado patrocinador do terrorismo em 2016", mantendo o país numa lista de Estados passíveis da imposição de sanções, na qual já se encontra há vários anos. Outros países na mesma lista são a Síria e o Sudão.

O documento "Country Reports on Terrorism" [Relatórios por países sobre Terrorismo] indica que o país persa mantém uma política "firme" de apoio a grupos anti-Israel, bem como a grupos que agem por interposta pessoa que têm vindo a desestabilizar zonas já de si muito conflituosas, como o Iraque, a Síria e o Iémen.

Também considera que o Irão continua a recrutar no Afeganistão e no Paquistão elementos para milícias xiitas que depois vão lutar para a Síria e o Iraque. Já o apoio ao grupo Hezbollah, no Líbano, permanece inalterado, realça o relatório.