A terceira vaga da maré negra provocada pelo petroleiro «Prestige» já atingiu a costa da Galiza, já chamada de «a costa da morte». A zona da costa atingida situa-se entre Corme e Ribeira, atingindo novamente a zona das Rias Baixas.
A terceira vaga da maré negra provocada pelo crude derramado pelo petroleiro «Prestige», afundado a mais de 3000 metros, no Atlântico, já atingiu a «costa da morte», na Galiza, que já tinha sido gravemente afectada por duas vagas anteriores.
A zona da costa atingida pelo crude vai agora de Corme, no norte da região, a Ribeira, no sul. Os ventos com a direcção sul/sudeste acabaram por fazer com que as Rias Baixas fossem poupadas, empurrando os lençóis de crude ao longo do litoral.
Em Camarinas, «o estado da praia é lamentável e a costa está deplorável. A praia está cheia de xapapote (o nome que os galegos deram à mistura de areia e crude nas praias)», afirmou, à AFP, Maria José Pastrense, membro de uma confraria de pescadores na região.
Líderes das confrarias de pescadores fazem greve de fome
Entretanto, depois dos líderes das confrarias de O Grove e Cangas terem iniciado uma greve de fome para pedir mais meios de combate à poluição, juntou-se-lhes o patrão da confraria de pescadores das Rias Baixas.
No último sábado, o primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar visitou a região, onde pediu desculpas pelos erros cometidos no tratamento do caso e pela falta de meios para combater a maré negra.