O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação esclareceu esta noite que o IP4 não vai ter portagens. A associação de utilizadores já tinha considerado «um equívoco» a hipótese de portagens naquela via de elevada sinistralidade.
A actual ligação entre Amarante e Vila Real, através do IP4, «não tem nem vai ter portagens», revelou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação, em comunicado.
«De acordo com o decreto-lei 306/2002, de 13 de Dezembro último, está prevista uma nova concessão para a concepção, construção, financiamento, exploração e manutenção, com cobrança de portagens aos utentes», concluiu o curto comunicado do gabinete do ministro Valente de Oliveira.
Associação de Utilizadores não acreditava
A direcção da Associação de Utilizadores do IP4 tinha contestado esta tarde a hipótese de colocar portagens naquele itinerário: «só pode ser um equívoco», disse em comunicado, frisando que se trata de uma via com apenas três faixas e índices elevados de sinistralidade.
Em comunicado, o presidente daquela associação, Luís Bastos, «estranhava» como pode alguém conceber que se introduzam portagens numa via de três faixas, que não assegura já, desde há muito tempo, o nível de serviço para que foi projectada, com um volume de tráfego que ultrapassou há muito o inicialmente previsto.
O IP4, segundo o responsável, possui ainda um índice de sinistralidade «absurdamente elevado», tendo perdido a vida naquela itinerário 28 pessoas só este ano.
«Se por inimaginável desígnio as portagens viessem a ser introduzidas neste actual IP4, a associação desencadearia todos os mecanismos ao dispor num Estado de direito para impedir uma tamanha e excêntrica injustiça», salientou Luís Bastos.