Em protesto contra o pagamento de portagens na CREL, cerca de cem carros circularam hoje lentamente na via. «A marcha do caracol» serviu também para a criação da Comissão de Utentes da CREL.
A Circular Regional Externa de Lisboa (CREL) foi palco de uma marcha lenta de cerca de cem viaturas que protestavam assim contra a introdução de portagens nesta via. Nesta iniciativa foi ainda criada uma Comissão de Utentes.
A Comissão de Utentes do IC19, organizadora do protesto mostrou-se «satisfeita» com o número de pessoas que aderiram à manifestação.
«A manifestação correu como o previsto, mas houve um elemento inovador pela negativa que foi a forte presença da GNR e da PSP quer à civil quer à paisana», disse à Lusa Adelina Machado, porta-voz da Comissão de Utentes do IC19.
«Integrei a coluna na Amadora no nó de Belas e segui a marcha lenta quando, de uma forma inusitada, uma brigada de trânsito mandou parar o carro e pediu os documentos. Identificaram-me e disseram que estava a agir com maus modos só porque eu mostrei a minha discordância para com a atitude do Governo», disse um dos manifestantes, João Bernardino.
Os carros ocuparam uma das faixas da circular, onde seguiram a uma velocidade de 40 a 50 quilómetros/hora, devidamente assinalados com um «Não às portagens da CREL» até chegarem a Alverca.
Agora em conjunto, as duas Comissões de Utentes, a do o IC19 e a da CREL opõem-se frontalmente ao pagamento de portagens na CREL e consideram que o o IC-19 vai ficar ainda mais entupido de carros e transportes de mercadorias.
Segundo o decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros, a partir de Janeiro do próximo ano, os utilizadores da CREL vão passar a pagar 2,5 euros de portagem para percorrer a totalidade daquele eixo.