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«Não houve derrame, nem 'Nestor C' foi expulso»

Durão Barroso garantiu que «nem houve derrame nem o navio foi expulso de quaisquer águas». O primeiro ministro reagia à acusação de Ferro Rodrigues, que denunciou o relacionamento «anormal» entre Espanha e Portugal no caso do «Nestor C».

Confrontado pelo deputado socialista com informações do diário espanhol «El Mundo», segundo as quais o barco não tinha sido autorizado a entrar em Vigo e que já tinha derramado algum material, Durão Barroso disse que «nem houve qualquer derrame nem o barco foi expulso de quaisquer águas».

De acordo com o primeiro-ministro, a substância que o «Nestor C» transporta «de acordo com a tabela da IMO - a Organização Marítima Internacional - não é perigosa para o ambiente».

Durão Barroso esclareceu que «não houve, até agora, qualquer pedido de socorro» e que «este caso (...) nos parece numa primeira análise bastante menos perigoso que o caso do "Prestige"». No entanto, há uma fragata da Marinha portuguesa a acompanhar o cargueiro, disse.

O chefe de Governo indicou ainda que determinou «que o mesmo grupo que tem acompanhado, com grande eficiência, os problemas ligados ao "Prestige" se mantenha, agora reforçado pelo ministro das Obras Públicas que tem a competência directa sobre os portos, a acompanhar este caso», transmitindo « toda a informação em tempo oportuno com a máxima transparência».

Ferro Rodrigues tinha, no início da sua intervenção no debate mensal no parlamento, instado o Governo a esclarecer a situação do cargueiro «Nestor C» que se terá avariado ao largo de Leixões com uma carga de 30 mil toneladas de fosfato de amónio a bordo.

Para o deputado socialista, é um «mau sinal» o barco vir para Lisboa, parecendo-lhe «anormal o relacionamento entre o governo português e o governo espanhol» a acreditar nas informações veiculadas pela imprensa.

Redação