vida

Pediátrico de Coimbra pode entrar em ruptura

Os limitados recursos humanos do Hospital Pediátrico de Coimbra podem levar o serviço de urgência a entrar em ruptura. Não existem pessoas que cheguem para trabalhar e quem perde são as crianças.

O director clínico interino do Hospital Pediátrico de Coimbra, Rui Batista, revelou que os serviços de urgência podem não chegar para os pedidos por falta de recursos humanos.

«Com as restrições de quadro que temos e com as restrições impostas pela tutela quanto à contratação de pessoal, torna-se difícil» a gestão dos meios, afirma.

«Vamos ter problemas seguramente a partir de Janeiro, basta que se verifique o surto de infecções respiratórias habitual para esta época», alerta.

Actualmente uma pessoa espera cerca de três horas para ser atendida, mas se a situação não mudar este período pode estender-se até às seis e sete horas.

O serviço de urgência tem especial «dificuldade em constituir escala, especialmente para o período nocturno». Assim, este horário, a partir de Janeiro, vai passar a ter apenas dois médicos, em vez dos actuais quatro.

«Até agora tem havido disponibilidade da parte dos especialistas mas as pessoas começam a ficar cansadas e usam a lei, que prevê a realização de apenas 24 horas semanais nas urgências», afirma.

Os serviços de urgência do Hospital Pediátrico de Coimbra atendem diariamente entre 250 a 300 crianças no Inverno e entre 120 a 150 no Verão.