O vigário-geral da Arquidiocese de Braga apresentou a demissão ao Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, com efeitos a partir do final de Dezembro, disse à Lusa fonte da Igreja local.
Segundo a fonte, a demissão justifica-se com o facto de ter atingido 75 anos de idade. O «cónego» Melo confirmou à Lusa o pedido mas escusou-se a adiantar pormenores, remetendo a questão para o prelado bracarense.
Uma fonte da Igreja local disse à Lusa que o Arcebispo tencionava manter o cónego Melo como vigário-geral e Deão durante mais algum tempo, mas que este colocou a demissão em termos irredutíveis, tendo já anunciado que «em Janeiro vai embora».
Monsenhor Melo ficou conhecido pelo seu apoio aos movimentos políticos anticomunistas que agiam no norte de Portugal, no período mais conturbado do pós-25 de Abril de 1974.
Foi acusado, mas que sempre negou e nunca foi provada, de estar envolvido na morte do padre Max, um sacerdote de extrema-esquerda de Vila Real, morto em 1976 em circunstâncias nunca esclarecidas.