O ministro da Defesa, Paulo Portas, admitiu esta sexta-feira que o navio «Nestor C» será autorizado a entrar em águas nacionais depois de conhecido o resultado da análise às matérias que transporta. O navio deverá seguir para Sines.
Para Paulo Portas, o «caso» Nestor C em nada é comparável ao «Prestige», razão pela qual o cargueiro que se dirige a Lisboa, deverá ser autorizado em águas nacionais depois de conhecido o resultado das análises feitas à sua carga.
«Estamos à espera de um relatório sobre a exacta natureza do produto em termos químicos e biológicos. Já sabemos que não houve derrame, que o material não é perigoso segundo a tabela da Organização Marítima Internacional e que não houve alterações no calado», disse à saída da Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais.
Apesar do resultado das análises ainda não ser conhecido, o ministro da Defesa considerou que os dados já apurados indiciam que o navio «possa ser ajudado a fazer a sua reparação».
Paulo Portas lembrou ainda que nas últimas horas foram realizadas duas inspecções ao navio cujas conclusões considerou «tranquilizadoras» por terem permitido apurar que «o navio não fez derrame» e que «há condições de estabilidade suficientes no navio» para este ser ajudado.
Quando for conhecido o resultado da análise química e biológica, frisou, o governo tomará «com prontidão» uma decisão sobre a entrada do navio num porto nacional.
O navio deverá seguir para o porto de Sines, disse à Lusa fonte do ministério da Defesa. Inicialmente foi colocada a hipótese do Nestor C ser reparado no Porto de Lisboa, mas face ao elevado calado do navio (13 metros) optou-se por o enviar para aquele porto da costa alentejana.
O navio «Nestor C», que transporta cerca de 30 mil toneladas de adubo (fosfato de amónio), encontra-se a 20 milhas (cerca de 36 quilómetros) ao largo da Figueira da Foz.