Pela primeira vez, nos últimos setes anos, os dois sindicatos dos médicos avançam com uma greve conjunta, prevista para a segunda quinzena de Janeiro. A paralisação pretende contestar a nova lei de gestão dos Centros de Saúde.
A Federação Nacional (FNM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciaram, em conjunto, que vão marcar uma greve na segunda quinzena do próximo mês para contestar a política do Governo na área da Saúde.
António Bento, do SIM, explica que os sindicatos não foram ouvidos durante a elaboração da lei sobre a gestão dos Centros de Saúde, aprovada na passada sexta-feira em conselho de ministros.
«Os sindicatos têm sido sistematicamente ignorados na legislação que tem sido publicada sobre os hospitais e os centros e saúde. Por isso contestamos a acção do Governo e prometemos uma luta muito dura», afirmou o sindicalista.
«O Governo quer privilegiar indivíduos sem formação, sem especialidade de clínica geral e familiar, e pô-los à frente dos Centros de Saúde», continuou.
António Bento, explica que «o que pode acontecer é indivíduos sem formação ficarem a dar instruções de caracter terapêutico a colegas especialistas». Isso vai resultar «numa guerra civil», conclui.