Em nome do «apuramento da verdade», os arquivos do Vaticano sobre as relações com a Alemanha, entre referentes aos anos de 1922 a 1939 vão ser abertos aos investigadores em Fevereiro.
«O apuramento da verdade» sobre as controversas relações e o presumível pacto de silêncio do Vaticano face ao nazismo poderá ser uma realidade a partir de 15 de Fevereiro de 2003. É que segundo o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, os arquivos do Vaticano sobre as relações com a Alemanha referentes aos anos de 1922 a 39 serão abertos aos investigadores.
Os documentos que serão disponibilizados incluirão nomeadamente as actividades e fundos das nunciaturas apostólicas (representações diplomáticas) em Munique e Berlim.
A atitude da Igreja católica, sobretudo o seu silêncio durante as perseguições de que foram vítimas os judeus na Alemanha nazi, mereceram por diversas vezes criticas de historiadores e de organizações judias.
A abertura dos arquivos do Vaticano não obedece a nenhuma regra em particular senão à vontade soberana do Papa João Paulo II. Um desfasamento de tempo de 60 anos é geralmente respeitado nestes casos.