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Maquinistas iniciaram greve de 48 horas

Os maquinistas da Fertagus, concessionária do comboio da Ponte 25 de Abril, em greve parcial há quatro meses, iniciaram às 02:00 de hoje uma paralisação de 48 horas. Na origem dos protestos estão as melhores condições de trabalho.

Convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ), a greve total dos maquinsitas na Fertagus termina às 02:00 de quinta-feira.

A Fertagus garante, no entanto, que a circulação de comboios entre Entrecampos (Lisboa) e Fogueteiro (Seixal) manter-se-á dentro da normalidade.

Entretanto, a greve parcial, a partir da sétima hora de serviço, prolonga-se até 14 de Janeiro.

Os maquinistas exigem o recomeço das negociações da contratação colectiva, interrompidas em Maio, assim como horários de trabalho em conformidade com a lei e «mais humanos».

Ainda assim, segundo o administrador da Fertagus, Cabaço Martins, «não existe qualquer problema laboral que careça de negociação».

Cabeço Martins sublinha, por outro lado, que a proposta do sindicato de contratação colectiva «é incomportável» e acarreta custos acrecidos para a transportadora.

Quem não se conforma é a SMAQ que reclama a alteração da proposta em sede de negociação.

Violação de direitos laborais, sobretudo do período de descanso pós-laboral e para refeições, tem estado na origem do protesto dos maquinistas.

A transportadora, porém, tem defendido que o serviço se efectua «dentro das máximas condições de segurança e no cumprimento escrupoloso das normas laborais vigentes».

Refere ainda que não há qualquer maquinista que exceda o horário de trabalho, sendo «respeitados os intervalos para descanso e refeições».