Os peixes vão ser sacrificados para salvar outras espécies consideradas mais valiosas.
Até ao final de agosto vão ser mortas as carpas mais pequenas de duas barragens do Alentejo, uma medida que faz parte do plano contra a seca.
O Correio da Manhã escreve que com a descida do nível das águas foi decidido sacrificar as carpas mais pequenas para salvar os barbos, achigãs e as carpas de grandes dimensões.
A operação que pretende evitar uma mortalidade massiva dos peixes vai ser levada a cabo nas barragens de Arraiolos e de Pego do Altar, em Alcácer do Sal e está também a ser avaliada para a barragem do Monte da Rocha, em Ourique.
Os peixes vão ser retirados com redes de pesca e deverão ser transformados em isco de pesca, rações ou, em último caso, ser depositados em aterros.
A comissão de prevenção e acompanhamento da seca reuniu-se pela primeira vez na semana passada, tendo anunciado o plano no final do encontro. A prioridade é garantir água potável para abastecer as populações, o gado e a rega das culturas. A operação de retirada dos peixes vai ser financiada pelo Fundo Ambiental.
A TSF falou esta manhã com Dário Cardador, da associação ZERO, que mesmo sem considerar esta uma boa medida, admite que é a menos má.
O ambientalista acrescenta que as medidas de contingência que o Governo adotou esta semana poderiam ter sida evitadas se não se tivesse deixado crescer a cultura intensiva do arroz.