No Parlamento, Júlio Pereira disse que as secretas avaliam como "pouco provável" que as armas roubadas sirvam para um atentado em Portugal. Crime "deve estar ligado ao crime organizado".
O secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) é mais uma voz a dizer que a informação sobre o roubo de armas em Tancos lhe chegou através da comunicação social.
Neste caso, Júlio Pereira diz que soube pelo Serviço de Informações de Segurança, que, por sua vez, tomou conhecimento através da comunicação social, no dia 29 de junho.
Já esta semana, também no Parlamento, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) Helena Fazenda tinha dito que soube do "desaparecimento" de material militar da base de Tancos "depois de noticiado" pela comunicação social, no dia seguinte ao assalto ter sido conhecido.
Ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional, a pedido do PSD, o responsável máximo das secretas adiantou que "na avaliação" dos serviços, é "pouco provável" que o material roubado seja utilizado num atentado em Portugal, embora "não exclua" que possa ser utilizado noutro local qualquer.
Na leitura do SIRP este roubo " está mais associado ao crime organizado", tendo em conta "as características do material subtraído".
Quanto ao destino das armas, Júlio Pereira diz que "tanto pode ir para um cenário de conflito, como para grupos de cariz independentista, para o Médio Oriente, ou para mãos de um agente de ameaça terrorista".