Música

Orquestra comunitária abre Feira de S. Mateus

José Ricardo Ferreira/TSF

Não só de instrumentos musicais se faz uma orquestra comunitária. Há também objetos de cozinha, como tachos, panelas, frigideiras e até jarras de barro para o vinho.

Já alguma vez ouviu música feita a partir de utensílios de cozinha? A ideia até pode ser estranha, mas não é assim tão invulgar. Em Viseu, foi criada uma orquestra de percussão que para além dos vulgares instrumentos recorre a objetos que as pessoas têm em casa para fazer música.

A orquestra é composta por músicos profissionais e elementos da comunidade das mais variadas idades. O grupo juntou-se a partir de um desafio lançado pela organização da secular Feira de S. Mateus a uma Associação. São eles que vão abrir e fechar a feira franca mais antiga da Península Ibérica, que arranca a 11 de agosto.

Com este projeto comunitário, os promotores do evento querem manter as raízes ligadas às artes populares e comunitárias que caracterizaram o certame.

São cerca de 200 as pessoas que vão integrar a Orquestra 625, que foi buscar o nome ao número de edições da feira. Os interessados estão já a frequentar workshops. A TSF acompanhou uma das formações que foi orientada pelo coordenador do Serviço Educativo na Casa da Música, Jorge Prendas. Na sessão participaram novos e velhos, músicos profissionais e simples amadores, que usaram tachos, panelas, frigideiras, jarras de barro para o vinho, entre outros objetos para fazer música.

É destas experiências, mas não só, que vai sair o reportório que vai ser apresentado pela Orquestra 625. "A principal característica deste tipo de projetos é não interpretar nenhum reportório existente, mas fazer uma criação coletiva com os participantes", explica Ana Bento, coordenadora da orquestra.