O secretário de Estado da Saúde explica que a medida está enquadrada na humanização dos serviços e que vários estudos comprovam que o acompanhamento no bloco diminui a ansiedade da criança.
Até ao final do ano os hospitais devem criar condições para que os pais acompanhem filhos menores no bloco operatório no momento da anestesia e depois no recobro. O diploma foi publicado esta quarta-feira em Diário da República.
Em entrevista à TSF, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, explicou que o objetivo é diminuir a ansiedade das crianças e das famílias.
O secretário de Estado sublinhou o empenho dos médicos nestas mudanças. Para a construção do diploma foram ouvidas a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Enfermeiros. Fernando Araújo acredita que a medida terá um impacto positivo também para os profissionais de saúde.
Os hospitais têm cinco meses para se prepararem para este acompanhamento no bloco operatório. Fernando Araújo lembra que os hospitais não vão precisar de fazer grandes alterações.
Já os administradores hospitalares consideram que esta é uma boa medida, que responde à necessidade de humanizar serviços.
Alexandre Lourenço, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, lembra no entanto que cinco meses podem não ser suficientes para todos os hospitais estarem prontos, admitindo que alguns profissionais podem apresentar resistência à medida, tal como aconteceu no caso dos partos, mas acredita que as dificuldades vão ser ultrapassadas.