Joan Gaspart era o presidente do Barcelona em 2000, quando Luís Figo trocou o Barça pelo Real Madrid, que pagou a cláusula de rescisão do português.
Espanha não esquece. Em 2000 viveu-se o "verão quente" mais quente dos últimos tempos naquele país, com a mudança de um dos capitães do Barcelona para o eterno rival, o Real Madrid. O protagonista foi Luís Figo, depois de ser bandeira da campanha eleitoral de Florentino Pérez, e assim do arranque da era galáctica de Madrid. Figo teve depois um regresso a Camp Nou complicado, embora se mostrasse completamente indiferente e alheio aos assobios, às notas que voavam, aos cartazes que lhe chamavam "pesetero" e... à cabeça de porco.
A reviver o pesadelo agora está Joan Gaspart, o presidente catalão de então. Com a (grande) diferença de em vez de ser o Real Madrid a pagar a cláusula de rescisão de um dos craques dos blaugrana ser o PSG. "Neymar vai estar dentro do capítulo de Figo. Já são dois jogadores que vão pela porta de trás", começou por dizer Gaspart em entrevista à Cadena Ser. Sobre as "boas-vindas" a Figo em Camp Nou, no vídeo em cima, Gaspart diz que Neymar lhe pode ganhar nessa cantiga.
O então presidente do Barcelona considera que Maradona e Ronaldo "Fenómeno" souberam sair do clube. "Vi grandes jogadores como Maradona e Ronaldo, que também saíram do Barça porque outros clubes pagaram a sua cláusula, mas foram com dignidade. Sem tanta comédia nem tanta história."
Joan Gaspart considera que Neymar, a caminho do PSG por 222 milhões de euros, não se portou bem com "clube, sócios e companheiros". Para explicar a novela do brasileiro, Gaspart pegou na história da flor: "quero-te, não te quero, quero-te, não te quero, pois agora somos nós que decidimos que não te queremos."