Economia

Emigrantes lesados do BES vão recuperar parte do dinheiro

Pedro Nunes/Reuters

A Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses chegou a acordo com o Novo Banco e o Governo. A contrapartida é a desistência das ações judiciais.

O anúncio do acordo foi hoje feito pela Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP) na rede social Facebook, depois de esta terça-feira se ter reunido com o presidente do Novo Banco, António Ramalho, e a representante do Governo, Mariana Egídio, e terem chegado, "com grande satisfação, (...) a um entendimento".

A solução não é detalhadamente explicada na informação divulgada, mas, segundo a AMELP, "foi acertada a recuperação de 75% do capital, em dinheiro, num prazo médio de três anos" no caso dos clientes emigrantes a quem o Banco Espírito Santo (BES) vendeu os produtos Euro Aforro 8, Poupança Plus 1, Poupança Plus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7.

Os emigrantes que aceitarem estas propostas terão de desistir das ações judiciais contra o Novo Banco e seus trabalhadores.

Apesar do acordo, os emigrantes lesados do BES mantêm a manifestação que está marcada para sexta-feira. Helena Batista, fundadora do movimento, explica que o acordo não abrange todos os lesados, uma vez que não chegaram ainda a consenso relativamente a dois produtos.

Para já, o que foi conseguido é a garantia de recuperação de 75% do capital investido, com o compromisso de desistirem das ações judiciais

Em relação aos produtos para os quais ainda não há acordo, estão em causa 71 milhões de euros no caso do Euro Aforro 10 e 75 milhões de euros no caso do EG Premium. Por isso, Helena Batista adianta que as conversas vão continuar.

A manifestação dos emigrantes lesados está marcada para as 11h de sexta-feira, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.