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Banca não paga horas suplementares

A Banca não cumpre a lei do trabalho extraordinário. A conclusão é da Inspecção Geral do Trabalho que, nos últimos três anos aplicou 1120 multas. Segundo os sindicatos, o Grupo Totta, o mais transgressor, «deve» mais de 20 milhões de euros aos trabalhadores.

A Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) aplicou 1120 multas no sector bancário nos últimos três anos, devido a ilegalidades detectadas durante as mais de sete mil visitas levadas a cabo pelas suas equipas, segundo a edição de quarta-feira do jornal «Público».

A ausência de registo das horas extraordinárias dos trabalhadores e de pagamentos das mesmas, prática comum em toda a Banca, constitui a maioria das ilegalidades detectadas pela inspecção.

Depois do Grupo Totta, o BCP, o BPI e o BES são os mais faltosos, sendo as duas instituições não privadas, o Montepio Geral e a Caixa Geral de Depósitos as mais exemplares no cumprimento da lei.

Segundo fonte sindical dos CPP, o Grupo Totta poupa anualmente com o não pagamento das horas extraordinárias, pelo menos, entre 20 a 25 milhões de euros. Deste valor, cerca de cinco milhões deveriam reverter para a Segurança Social e Fundos de Pensões.

Aquela fonte vai mais longe e diz que os livros de registos de horas estão a ser falseados no Totta, uma ideia corroborada por um membro da Comissão de Trabalhadores do banco, também citado pelo jornal.

Fonte do IGT disse, também, que existem diversas irregularidades ao nível dos contratos de trabalho a prazo.

Redação