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Sindicato e empresa com números diferentes

A greve da Carris que terminou às 3:00 de hoje, contou com uma adesão de 90 por cento, de acordo com o Sindicato dos Motoristas. Fonte da empresa admitiu apenas um valor total de 55 por cento.

Segundo Santos Silva, dirigente sindical do Sindicato Nacional dos Motoristas, a maior adesão à greve (cerca de cem por cento), registou-se entre os motoristas e guarda-freios (sector do tráfego).

«No conjunto da empresa, a adesão rondou os 90 por cento», adiantou à agência Lusa Santos Silva, informando que durante a greve apenas circularam dois autocarros 101, que fazem o percurso Odivelas/Marquês de Pombal.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral da Carris, Luís Vale, informou que a adesão mais significativa à greve (80 por cento) se verificou entre os motoristas e guarda-freios.

Nas áreas centrais a adesão à greve foi de cinco por cento e no sector da manutenção de 18 por cento, adiantou Luís Vale, referindo que a paralisação no total da empresa foi de 55 por cento.

De acordo com o secretário-geral da Carris, a empresa recorreu ao aluguer de 250 autocarros para minorar os efeitos da greve, o que implicou um custo de 85 mil euros.

As perdas de receitas de títulos de transporte ascenderam a 44 mil euros.

Os trabalhadores da Carris, que estão contra a reestruturação em curso na empresa, anunciaram, quarta-feira, mais seis greves até ao final do ano, duas este mês e quatro em Dezembro.

A reestruturação visa, segundo a administração, tornar a empresa mais produtiva e reduzir custos, no âmbito de um plano que prevê a dispensa de 1,200 de trabalhadores até ao final de 2005.

Este ano foram já rescindidos 510 contratos de trabalho, estando no objectivo dos administradores dispensar mais 500 funcionários em 2004 e outros 200 em 2005.

Redação