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Cardona contra salas de chuto

A ministra da Justiça discorda da possibilidade de serem criadas salas de chuto nas prisões portuguesas, considerando que essa ideia contraria os princípios da «segurança e humanização» dos reclusos.

«Comigo não contem para isso», disse Celeste Cardona, rejeitando a proposta do Provedor de Justiça que apresentou hoje um relatório sobre as cadeias portuguesas onde sugere a possibilidade de criação de salas de chuto nos estabelecimentos prisionais.

A responsável disse não «vergar nem sucumbir a flagelos» como a toxicodependência e sublinhou que os estabelecimentos prisionais - tutelados pelo seu Ministério - têm «valores e princípios fundamentais, como os princípios da segurança e da humanização dos reclusos».

Celeste Cardona lembrou que «a sociedade civil não tem nenhuma experiência dessa natureza» e que o sistema prisional tem «um grande número de reclusos doentes».

«Mais de 68 por cento dos reclusos afirmam que já eram consumidores de drogas antes de entrar, e apenas 20 a 30 por cento continuam a afirmar a sua dependência», disse a ministra.

Redação