Vários sindicatos de médicos estão a pensar em novas paralisações. Existem algumas greves marcadas para o fim do mês, respectivamente no hospital de Gaia e no Instituto de Oncologia do Porto.
Carlos Santos, do Sindicato Independente dos Médicos do Norte, confirmou à TSF a hipótese de um novo período de paralisações, «para além das greves temos sempre a possibilidade dos médicos dizerem que não trabalham mais do que as 47 horas por semana, ou seja, que não fazem mais de 12 horas extraordinárias por semana».
Os sindicatos defendem ainda que estão também a lutar pela defesa dos interesses e necessidades dos doentes.
Por isso estas são «formas de sensibilização da opinião pública para que veja aquilo que nos está a acontecer no dia-a-dia. Nomeadamente, quando acorre a um serviço de urgência onde encontra condições de completa desumanização e é atendido por pessoal de saúde que não é português, em que a comunicação médico/doente fica logo diminuída», salientou Carlos Santos.
Por outro lado, o sindicalista chama atenção que «começou a ser quase moda falar de restruturação de serviços e o que temos assistido é ao encerramento de serviços, pura e simplesmente».
Esta noite, o Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos vão debater novas formas de luta em defesa da classe médica.