Três taxistas foram hoje detidos em flagrante pelo crime de especulação, na sequência de uma acção de fiscalização da Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAE).
O elevado número de queixas que tem chegado à Inspecção-Geral das Actividades Económicas sobre os serviços prestados pelos taxistas, motivou a realização de uma fiscalização que resultou na detenção três pessoas, três viaturas e os respectivos documentos.
Os motoristas de taxi em questão são acusados do crime de especulação e devem ser ainda hoje presentes a Tribunal para julgamento em processo sumário.
Mário Silva, inspector-geral da IGAE, explicou à TSF em que circunstâncias foram detidos os três homens.
«Estamos a falar de preços praticados entre o aeroporto de Lisboa e o centro da cidade. Qualquer coisa como duas a três vezes aquilo que é o preço normal de uma corrida de táxi para essas distâncias», clarificou.
A IGAE admite que os três indivíduos podem ser punidos com uma pena de prisão que pode ir dos seis meses a três anos e multa não inferior a 100 dias.
Em causa estão os direitos dos consumidores e o potencial turístico do país, já que os taxistas são muitas das vezes o primeiro contacto que os turistas têm com a realidade nacional, reaça o IGAE.
O preço excessivo das viagens, sobretudo no percurso entre o aeroporto e o centro da cidade de Lisboa, é a principal queixa.
As vítimas não se apercebem do crime no imediato, o que torna a localização e identificação dos motoristas que os transportaram difícil.
Com o Euro 2004 à porta o IGAE aperta o cerco. As detenções de hoje devem ser apenas as primeiras, já que a fiscalização vai continuar, alargada às cidades de Faro, Coimbra e Porto.