O ministério da Ciência e do Ensino Superior vai criar, já no próximo ano lectivo, mais 300 vagas para Medicina nos cursos públicos. Há ainda a intenção de autorizar a criação de cursos privados de medicina.
As estimativas apontam para que, dentro de poucos anos, o número de médicos aposentados exceda o de licenciados. Para inverter esta situação, o ministério da Ciência e Ensino Superior vai abrir mais 300 vagas em Medicina nas universidades de Lisboa (Clássica e Nova), Porto, Coimbra, Beira Interior e Minho já no próximo ano lectivo.
O número de vagas ascende às cem nas cinco universidades que há mais tempo leccionam Medicina - em Lisboa, Coimbra e Porto -, 39 e 50 vagas na Beira Interior e no Minho, respectivamente.
A tutela pretende ainda solicitar às universidades «veteranas» no curso que entre si disponibilizem mais cem vagas em Medicina destinadas aos alunos formados em Medicina Dentária. Esta «nuance» permite antecipar a formação de médicos em dois anos, uma vez que os alunos de Medicina Dentária podem integrar Medicina a partir do quarto ano porque as disciplinas são comuns. Esta medida explica-se também porque há excesso de profissionais na área dentária.
Segundo a imprensa diária, Maria da Graça Carvalho, a ministra da Ciência e Ensino Superior, pretende ainda autorizar a criação dos primeiros cursos privados de Medicina: em cerca de dez propostas, duas deverão receber luz verde.
Neste pacote de medidas para rejuvenescer a Medicina, poderá ainda ser incluído um concurso de ideias para a criação de novos hospitais universitários em parceria público-privado.