A DECO mostra-se contra um aumento da carga fiscal sobre os combustíveis com uma «ecotaxa» para minimizar os danos em florestas. Jorge Morgado, presidente da associação diz que «o automóvel começa a ser a teta dos governos com pouca imaginação».
O Governo aprovou a introdução de uma taxa destinada à criação de um fundo para a recuperação das florestas afectadas pelos incêndios florestais. No entanto, Jorge Morgado, presidente da Defesa do Consumidor (DECO) lembra que os impostos sobre os combustíveis são já muito pesados.
«As taxas de lucro dos revendedores de combustíveis, que se situam em cerca de dois por cento, vão ser dilatadas, porque os revendedores precisam, de aumentar os lucros e vamos ter, com estas duas medidas, a 'ecotaxa' e a liberalização de preços, um aumento final do preço do combustível superior ao que está agora definido. Se tivermos em conta que esses aumentos têm implicações directas no aumento dos transportes, de produtos, no aumento do custo de vida, nada de bom e avizinha para os consumidores nesta matéria», explicou.
As críticas de Jorge Morgado ao Governo centram-se ainda no facto do executivo continuar a usar o automóvel dos cidadãos portugueses como fonte de várias receitas, já que «o uso do automóvel tem uma carga fiscal enorme».
«Pagamos impostos e serviços nas gasolinas, nas reparações, com o IVA, nas portagens, no imposto de circulação, no Imposto Automóvel e o automóvel começa a ser a autêntica teta dos governos com pouca imaginação» acusou o presidente da DECO.