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Greve geral para pedir mudança de rumo

Esta sexta-feira é dia de greve geral na Função Pública, num protesto convocado pelos sindicatos filiados na CGTP. «Mudar de Rumo» é o apelo da intersindical, que considera que «a Direita no poder quer ajustar contas com 25 de Abril».

«Mudar de Rumo» é a palavra de ordem da greve geral da Função Pública desta sexta-feira.

A CGTP considera que a «política do Governo PSD/PP só agrava os problemas» do país, garantindo que «a Direita no poder quer ajustar contas com 25 de Abril».

«A economia está paralisada e vivemos uma grave regressão social e cultural», sublinha a intersindical, que apresenta números da queda do investimento público.

Saúde, Educação, Segurança Social e Obras Públicas com menos 250 milhões de euros. As dívidas ao fisco e Segurança Social rondam os 15 mil milhões de euros, a evasão e fraude fiscal quase oito mil milhões de euros.

Valores que, no total, representam quase 18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

A CGTP acusa o Governo de alterar as regras da Segurança Social para favorecer companhias de seguros, de querer reduzir subsídios de doença e desemprego, de vender ao desbarato empresas e património do Estado.

A CGTP salienta ainda que «a qualidade do emprego degrada-se» e o «desemprego cresceu em 2003», quase na barreira dos 500 mil desempregados.

Já o Orçamento do Estado para 2004 «é um instrumento para diminuir o Estado social e agravar as desigualdades e as injustiças sociais».

Com a greve geral na Função Pública esperam-se alterações ao normal funcionamento de escolas, autarquias, serviços municipalizados, hospitais, centros de saúde e transportes.

Há manifestação marcada às 15:00, desde o Marquês de Pombal ao Rossio, em Lisboa. No Porto, na Praça Carlos Alberto e Praça dos Poveiros.

Redação