Os comboios nocturnos e da madrugada na Linha de Sintra estão mais vigiados a partir desta quinta-feira, com patrulhas de uma empresa privada.
O clima de insegurança na Linha de Sintra aumentou nos últimos tempos, com o recente esfaqueamento de um funcionário da CP e com distúrbios provocados por um grupo de 200 elementos.
Rui Marques, responsável pela rede de sub-urbanos da Grande Lisboa, explica que a partir destaq quinta-feira vão estar nos comboios seguranças privados, em equipas de dois, em especial nos períodos mais críticos.
«Começam a actuar a partir das 18:00, vão estar disponíveis ou visíveis nos locais onde é necessário a sua visibilidade e intervenção. A partir das 22:00 esse escalonamento ou distribuição será feita de uma forma contínua e sempre acompanhando a totalidade do percurso dos comboios», disse o responsável.
Rui Marques adiantou ainda que a função destes seguranças privados é principalmente preventiva. «Estarão em perfeita sintonia com os nossos colaboradores e com as divisões da PSP», salientou.
«Além da sua presença ser inibidora, ter mais um cariz preventivo, tem a possibilidade de gerir algum conflito e actuar em conformidade», acrescentou Rui Marques.
Sindicato aplaude mas não esconde reservas
O Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários mostra-se satisfeito com a medida mas, duvida que esta seja a solução mais adequada face ao tipo de criminalidade em causa.
José Manuel Oliveira salienta que os actos de violência são originados por grupos organizados, pelo que considera que a polícia terá melhor formação que os seguranças privados.
Para além destas medidas de segurança já foram instaladas câmaras em todas as estações da Linha de Sintra. A CP espera também ter câmaras dentro dos comboios daqui a seis meses.
Os revisores já têm telemóveis pré-definidos ligados directamente à polícia e às autoridades de Saúde.