Com a greve geral de 24 horas na Função Pública esperam-se esta sexta-feira alterações ao normal funcionamento de escolas, autarquias, serviços municipalizados, hospitais, centros de saúde e transportes.
A greve geral da Função Pública começa a sentir-se durante a noite nos serviços de recolha de lixo.
Ao início da noite de quinta-feira, no posto de recolha das viaturas de lixo dos Olivais, Carvalho da Silva disse à TSF que a «maioria dos camiões de recolha de lixo está parada».
«É possível que dos cerca de 150 camiões que aqui laboram saiam cerca uma dezena, o que é uma adesão inquestionável», acrescentou o secretário-geral da CGTP.
José Manuel Marques, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, reconhece que este é sem dúvida um dos serviços que vai ser afectado em várias cidades do país, tal como as limpezas das ruas e os serviços de abastecimento de água a creches, jardins de infância, bombeiros, polícia municipal, etc.
Paulo Trindade, da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, alerta para o «encerramento de muitas escolas, (alteração de funcionamento) nos hospitais, estabelecimentos fabris das Forças Armadas, repartições de finanças e até nos próprios tribunais».
Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros, considera que a paralisação «vai afectar grande parte dos serviços de saúde, de Norte a Sul do país».
«Todos aqueles serviços que não podem fechar estarão enfermeiros a prestar cuidados e a atender as pessoas. Os serviços que não funcionam 24 horas deverão fechar, pelo que as pessoas devem recorrer aos serviços de urgência dos hospitais», aconselha Guadalupe Simões.