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Queima das Fitas pode não se realizar

Em Coimbra a Assembleia Magna esteve, esta noite, reunida para fazer um balanço dos protestos contra as propinas, onde ganhou força a possibilidade de não se realizar a maior festa académica do país, a «Queima das Fitas».

O presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), Víctor Hugo Salgado, garantiu, sexta-feira, que vai apoiar a suspensão da próxima «Queima das Fitas», como

forma de protesto pela política do Governo para o ensino superior.

No final de uma Assembleia Magna da AAC, que contou com cerca 400 estudantes, a direcção-geral revelou que vai apresentar uma proposta na próxima reunião, agendada para 16 de Dezembro, onde será ponderada a não realização da próxima «Queima das Fitas» e a aprovação de um luto académico.

«Vou votar contra a realização da Queima das Fitas», assegurou Víctor Hugo Salgado, considerando que existem condições para anular o evento nesta época do ano.

«Neste momento, a Academia de Coimbra tem legitimidade e capacidade para tomar essa decisão na próxima Assembleia Magna», sublinhou, embora acrescentando que a decisão final será do Conselho de Veteranos.

A aprovação de um luto académico, que prevê, entre outras questões, a suspensão das festas académicas e da praxe, facto que só aconteceu após a crise académica de 1969, é

uma «possibilidade real» face à «grande mobilização» dos estudantes no protesto contra a política do Governo PSD/PP.

Em Coimbra, na próxima terça-feira, o protesto vai sair de novo à rua, com uma manifestação de estudantes, integrada numa jornada de protesto nacional que marca uma «posição de forte contestação ao Governo», estando prevista a entrega de um documento com a posição da AAC no Governo Civil da cidade.

Redação