A greve da Função Pública está hoje a afectar sobretudo os serviços de recolha do lixo e o sector da saúde, registando em alguns concelhos uma adesão de cem por cento, de acordo com fontes sindicais.
Em Lisboa, quase cem por cento dos funcionários da recolha do lixo aderiram à greve, deixando os contentores cheios e muitos sacos espalhados pelo chão.
Muitos hospitais na capital tiveram também uma adesão de cem por cento à greve, como o São Francisco Xavier, Miguel Bombarda e o Curry Cabral.
O mesmo aconteceu em Coimbra com alguns serviços de saúde a registarem elevados índices de adesão nos enfermeiros, obrigando a adiar a maioria das cirurgias programadas.
Na cidade do Porto, sete escolas do ensino básico e secundárias suspenderam as aulas por falta de funcionários.
Almada, Amadora Seixal, Setúbal, Évora, Reguengos de Monsaraz e Montemor-o-Novo tiveram uma paralisação total nos serviços de recolha do lixo.
Na Madeira e nos Açores a situação não foi diferente, tendo o lixo ficado por recolher e muitos estabelecimentos escolares mantiveram as portas fechadas.
Na Madeira a paralisação afectou também alguns serviços de saúde. Nos Açores, escolas e tribunais fecharam. Nas áreas da Saúde e da Administração Local, diversos departamentos limitaram-se aos serviços mínimos.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, que convocou esta greve, reivindica aumentos salariais de 5,5 por cento para 2004 e contesta a reforma do sector pela maneira como está a ser conduzida, nomeadamente no que diz respeito à progressão da carreira e ao estatuto de aposentação.