vida

ANTRAL recusa aderir a marcha lenta

A ANTRAL «demarca-se» da marcha lenta de taxistas marcada pela Federação Portuguesa do Táxi (FPT) para a próxima quarta-feira em protesto contra o Pagamento Especial por Conta (PEC) e garante que vai continuar a liderar a luta dos taxistas.

O dirigente da ANTRAL, Florêncio Almeida, disse à TSF que a sua associação de taxistas de «demarca completamente» da concentração marcada pela FPT, reservando para «a altura própria» uma posição.

O responsável considerou que nesta altura é «inoportuno» fazer uma marcha de taxistas e garantiu que a ANTRAL vai «continuar a liderar este processo do não pagamento do PEC» que, de resto, «sempre conduziu».

Taxistas divididos

Carlos Ramos, presidente da FPT, dissera a meio da tarde à TSF que a ministra das Finanças não cumpriu o que prometeu, e exigiu que «a segunda prestação do pagamento, que se vence até 30 de Novembro, não seja efectivamente realizada».

«Nunca dissémos que não queremos pagar impostos, mas não podemos aceitar o imposto desta forma», afirmou o responsável, que lembrou que Ferreira Leite já reconheceu que «para este sector o assunto ia ser tratado de forma diferente, pela positiva, e isso não aconteceu».

Finanças desmentem promessas

Fonte do gabinete de Ferreira Leite disse no entanto à TSF que o Ministério das Finanças nunca fez qualquer promessa aos taxistas em relação ao PEC.

A fonte lembrou que o Ministério se limitou a patrocinar um grupo de trabalho que permitiria viabilizar uma sugestão da ministra no sentido de todos os taxistas com um único automóvel poderem mudar para um regime fiscal mais favorável - o de empresário em nome individual, de formas a ficarem isentos do PEC.

Carlos Ramos afirmou entretanto que se o grupo de trabalho - de que ANTRAL faz parte - tivesse chegado a conclusões até Outubro, a segunda prestação do PEC não se faria.

Redação