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Sindicatos falam em adesão superior a 70%

Em dia de greve geral da Função Pública, sindicatos e Governo fazem, como sempre, avaliações diferentes. A Frente Comum fala em mais de 70 por cento de adesão, a secretária de Estado da Administração Pública diz que este número é «irrealista».

Os sindicatos da Função Pública e o Governo avançam números diferentes para a adesão à greve geral desta sexta-feira.

O sindicalista Paulo Trindade da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública revela que a adesão «poderá ser superior aos 70 por cento».

A secretária de Estado da Administração Pública, Suzana Toscano, ao início da tarde, considerou «baixos» os índices de adesão à greve, assegurando que a reforma do sector «vai continuar» e tem o apoio da maioria dos portugueses.

O comentário da secretária de Estado da Administração Pública foi feito na Assembleia da República, após a aprovação do Orçamento de Estado para 2004 em votação final global.

Suzana Toscano disse recusar-se «a entrar em qualquer guerra de números» sobre os índices de adesão à greve, mas classificou como «absolutamente irrealista» a estimativa avançada pelos sindicatos.

Paulo Trindade considera que com estas declarações, «o próprio Governo reconhece a grande expressão que esta greve teve».

A greve de 24 horas visa contestar a reforma do sector, nomeadamente no que diz respeito à progressão da carreira e ao estatuto de aposentação.

A Frente Comum reivindica também aumentos salariais de 5,5 por cento para 2004.

Os efeitos da greve fazem sentir-se desde as 00:00 de sexta-feira de Norte a Sul do país e nas regiões autónomas.

Redação