A comunidade portuguesa é a mais afectada pelo vírus da Sida no Luxemburgo. A resistência aos medicamentos e as novas infecções de VIH são algumas das principais preocupações.
Os especialistas estão precocupados com o facto da comunidade portuguesa no Luxemburgo liderar em matéria de novas infecções e transmissão de vírus resistentes aos fármacos.
O tema deve estar em discussão a partir desta segunda-feira, em Lisboa, num encontro sobre Sida.
A investigação do especialista luxemburguês Jean Claude Schmidt revela que a comunidade portuguesa do Luxemburgo apresenta 80 por cento das novas infecções por VIH detectadas no país, admitiu o virologista do Hospital Egas Moniz, Ricardo Camacho, à agência Lusa.
A comunidade portuguesa tem um peso muito forte no Luxemburgo, já que representa 21 por cento da população do país.
O virologista português admite não conhecer muito bem o estudo do seu colega, mas «suspeita que as infecções ocorram em Portugal porque as variantes dos vírus que (os emigrantes) apresentam são as que existem cá».
Portugal é o país que possuí maior prevalência e a taxa mais elevada de novas infecções por VIH por milhão de habitantes da Europa ocidental.