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Rompimento de colector na origem de aluimento

O autocarro de passageiros que foi esta manhã «engolido» por um buraco no asfalto em Campolide foi quase totalmente içado às 11:00 com a ajuda de uma grua. Na origem do aluimento poderá ter estado o rompimento de um colector.

A operação está a ser acompanhada pelo presidente da câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, que chegou ao local cerca das 11:20.

«A erosão do solo, provocada pelo rompimento do caneiro de Alcântara, pode ser a razão deste aluimento», disse à Lusa um engenheiro da autarquia.

A abertura de um buraco no asfalto, às 06:30, arrastou consigo um autocarro de passageiros de uma empresa privada, que se preparava para entrar em serviço, integrado no sistema de transportes alternativos à greve da Carris.

O caneiro de Alcântara é um colector de grandes dimensões de águas residuais e pluviais, com oito metros de largura, que começa na Damaia, no concelho da Amadora, passa por Benfica e desagua no Tejo, ao pé de Alcântara.

«As águas do caneiro correm presas, dentro de tubagens. O que pode ter acontecido é ter havido uma ruptura e a água estar a correr livremente no subsolo, o que terá provocado a erosão», acrescentou.

De acordo com a Protecção Civil, a área afectada pelo buraco é de 40 metros quadrados e a EDP cortou já a electricidade na zona, devido à presença de postos de iluminação pública no local, junto à estação de caminhos de ferro de Campolide.

Um responsável da Protecção Civil disse entretanto à Lusa que «está a ser constituída uma equipa de peritos de várias áreas para investigar as origens do incidente e para que seja rigorosamente definida uma área de segurança».

«Aluimento não tem nada a ver com receios do Bairro da Liberdade»

De acordo com director municipal de obras da Câmara de Lisboa, Luís Monteiro, «não há qualquer relação entre o incidente vivido hoje e o risco de aluimento no Bairro da Liberdade».

Há duas semanas os moradores daquele bairro degradado na encosta de Campolide alertaram para os

riscos de derrocada de terras, mas o responsável afastou a hipótese de relacionamento dos factos.

Redação