Jaime Pinto, líder do bloqueio dos camionistas na Ponte 25 de Abril em 1994, refutou esta terça-feira em Tribunal todas as acusações por associação criminosa e tráfico de droga, no início do julgamento em Loures.
«Refuto todas as acusações. Não posso concordar com uma coisa que é completamente falsa», afirmou o arguido, na primeira sessão do julgamento que envolve mais oito arguidos, incluindo o seu irmão Mário Pinto.
Jaime Pinto admitiu que «algumas coisas» dos autos são verdadeiras, mas negou que alguma vez tenha traficado droga.
«Até hoje nunca vi sequer um fardo (de haxixe), a não ser na televisão», garantiu, argumentando que apenas fez contrabando de tabaco.
A acusação alega que os nove arguidos formaram no início do ano 2000 «um grupo para trazer haxixe de Marrocos para vários países da União Europeia».
A operação da Polícia Judiciária terminou com a apreensão de quatro mil quilos de haxixe a 13 de Outubro de 2000 dentro de um camião conduzido por Jorge Firmino, um dos nove arguidos.
A acusação alega que o veículo pertencia a Jaime Pinto, que terá telefonado a Jaime Pinto, pouco tempo antes do camião ter sido interceptado, alertando-o de que a «PJ o estaria a seguir».