O presidente da Câmara de Lisboa admite que existe perigo no Caneiro, junto à estação de Campolide, após o aluimento de terras de terça-feira. A autarquia aprovou, esta quarta-feira, por unanimidade, obras urgentes de estabilização da zona.
Pedro Santana Lopes admite que outras rupturas no Caneiro (cano que percorre a cidade a nível subterrâneo com águas pluviais e esgotos) possam vir a acontecer caso ocorram intervenções estruturais, visto que esta é uma obra da década de 40.
O alerta do presidente da Câmara de Lisboa surge depois do aluimento de terras na zona verificado na passada terça-feira.
«Já aconteceram várias rupturas destas e como afirmam os jornais não estavam previstas. Portanto o que temos que fazer é a intervenção consolidada que está prevista para Sul e uma maior para Norte», declarou Santana Lopes.
O Caneiro foi construído, acrescentou o autarca, «para ter uma determinada camada de terra por cima, mas actualmente os aterros já são muito superiores», além de que os níveis de enxofre e ácido sulfúrico prejudicam a estrutura.
Para evitar que surjam mais problemas, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade a realização de obras urgentes de estabilização da zona.
A proposta, subscrita pelo vereador das Obras Municipais, Pedro Pinto, prevê a «estabilização e vedação dos terrenos adjacentes ao Caneiro», que se encontram em «perigo iminente de derrocada, o que poderá provocar danos graves em pessoas e bens». A obra será entregue directamente à empresa Teixeira Duarte.