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Aparelho permite maior segurança nas estradas

Um sistema pioneiro de vigilância contínua de veículos por satélite está a ser testado na ponte Vasco da Gama, em Lisboa, para aumentar «a segurança rodoviária», explicou o engenheiro da Lusoponte, Firmino de Sá, à TSF On-Line.

Trata-se de uma «pequena televisão». O monitor (receptor) que é instalado no automóvel poderá «salvar muitas vidas». Controlar a velocidade, avisar em caso de acidentes e auxiliar os condutores, são apenas algumas das funções que o futuro sistema de vigilância poderá proporcionar aos condutores.

Desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA) em pareceria com as empresas portuguesas SkySoft e INOV/INESC Inovação, com o apoio da Auto-estrada do Atlântico (AEA) e da Lusoponte, o sistema em teste é inédito na Europa na área da navegação automóvel.

O engenheiro da Lusoponte, Firmino de Sá (na foto), adiantou que o sistema irá permitir «avisar os condutores sobre eventos que ocorram nas vias, e alertá-los para a sua velocidade excessiva», tendo como objectivo «prevenir a condução contra incidentes e contra ocorrências que eventualmente surjam na estrada».

«Em termos telemáticos serve para informar o condutor de vias alternativas, custos de portagens e cobrança das mesmas através de uma forma mais virtual, e outros serviços que possam vir a ser adicionados», frisou.

Na primeira fase o objectivo é «demonstrar que o projecto é exequível usando a tecnologia que está disponível no mercado». Esta fase tem um período de desenvolvimento de aproximadamente um ano.

A segunda fase consiste num «desenvolvimento de outro tipo de equipamentos que culminará com a construção de um protótipo, demonstrando toda a exequibilidade das ideias que estão, neste momento, expressas no papel». Uma fase que durará sensivelmente o mesmo tempo que a primeira, frisou Firmino de Sá.

Todos os anos morrem na Europa 40 mil pessoas

«A terceira fase é a de produção de equipamentos e de massificação do próprio sistema, que será a fase final. Esperemos que não se estenda por muitos anos, mas terá, de certeza um período muito mais longo que as duas fases anteriores», acrescentou.

O projecto, orçado em quatro milhões de euros e cujo concurso foi aberto a todos os países membros da ESA, foi ganho no início de Abril pelo referido consórcio de empresas portuguesas.

Conhecido por ARMAS (Gestão Rodoviária Activa Assistida por Satélite), o projecto insere-se num esforço conjunto europeu.

Todos os anos morrem na Europa 40 mil pessoas e um milhão e 700 mil ficam feridas em acidentes rodoviários, de acordo com os números divulgados no recente Livro Branco da Comissão Europeia sobre política de transportes para 2010.

Redação