O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, fez hoje depender a aceitação da gestão dos centros de saúde pelas câmaras duma proposta concreta do overno.
Em declarações à agência Lusa a propósito da hipótese de as câmaras poderem vir a dirigir Centros de Saúde, avançada pelo ministro do sector em entrevista hoje ao «Público», Fernando Ruas disse que a questão «terá que ser aprofundada».
«O mais sensato é aguardar para saber em que moldes é que tal seria feito, vai depender muito do tipo de proposta do Governo», disse presidente da Câmara de Viseu.
«Estamos interessados em receber novas competências, mas tem que se ver caso a caso. Vamos analisar essa possibilidade com cuidado, porque não queremos ficar com aquilo que incomoda o Governo», acrescentou o autarca social-democrata.
Na entrevista hoje publicada, o ministro da Saúde avança a hipótese de dar possibilidade às Câmaras, cooperativas de médicos e privados de ficaram à frente dos centros de saúde.
Fernando Ruas disse que o assunto apenas foi falado «de forma genérica» com a ANMP, esperando que em breve seja analisado numa reunião com o ministro da Saúde.
«As Câmaras não fecham as portas, mas também não as deixam abertas», sublinhou.
Além de quererem saber qual o conteúdo concreto da proposta governamental, os municípios pretendem uma clarificação de responsabilidades para evitar conflitos de competências com a administração central.
«Os municípios não querem nada que se fique na dúvida quem é o responsável», acrescentou.