Um em cada sete portugueses acredita que a Sida pode transmitir-se através de um aperto de mão. Este dado é revelado num Eurobarómetro especial, divulgado esta segunda-feira, no Dia Mundial de Luta Contra a Sida.
São variadas as formas de contágio imaginadas, mas têm uma característica comum: o toque. Um aperto de mão, toque directo com o doente, ou a forma indirecta, através de objectos partilhados inadvertidamente porque, caso contrário, seriam proibidos para 19 por cento dos portugueses.
Esta é a percentagem de pessoas que acredita que o HIV se transmite assim, ou seja, através de objectos capazes de servirem de refugio ao vírus e transmiti-lo.
Com base na mesma premissa, um em cada cinco portugueses considera que uma refeição preparada por um doente com Sida pode constituir uma forma efectiva de contágio.
Apesar destes equívocos, a maioria dos portugueses salienta que a maior probabilidade de contrair a doença é através do sangue, da partilha de seringas ou de relações sexuais sem protecção.
O Eurobarómetro revela ainda que os portugueses olham com cepticismo para a forma como são ministrados os tratamentos aos doentes e realizadas as campanhas de prevenção. 40 por cento dos inquiridos considera que as medidas adoptadas são pouco ou mesmo nada eficazes no controlo da Sida.