A Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos vai convocar novas greves na Carris para o mês de Janeiro, se até lá os trabalhadores não obtiverem uma resposta positiva às suas reivindicações.
A convocação de novas formas de luta foi aprovada sexta-feira numa reunião entre os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores da Carris, concessionária dos transportes urbanos de Lisboa.
Por outro lado, a Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos (FESTRU) vai convocar uma concentração dos trabalhadores da Carris para dia 18, frente à residência do primeiro-ministro, caso não sejam conclusivos os resultados das reuniões que a administração da Carris com os sindicatos.
Luísa Bota, da FESTRU, disse à Agência Lusa que esta federação sindical foi convocada para uma reunião com a administração da Carris no dia 15 de Dezembro e que vai comparecer, «apesar de não ter sido indicada uma ordem de trabalhos».
A dirigente sindical criticou o facto de a comissão de trabalhadores não ter sido convidada e ainda o facto de os quatro sindicatos envolvidos no processo terem recebido convocatórias para dias diferentes.
Novos protestos contra reestruturação
Se não obtiverem uma resposta positiva às suas reivindicações, os trabalhadores da Carris, para além das paralisações dos dias 9 e 11 de Dezembro, vão encetar um novo período de greves de três horas às terças e quintas-feiras com início a 6 de Janeiro.
Programada está também uma manifestação para dia 8 de Janeiro frente à Assembleia da República.
Os trabalhadores da Carris protestam contra a reestruturação da empresa, afirmando que não foram informados desta acção, e reivindicam melhores condições de trabalho e a reposição dos horários dos motoristas e dos guarda-freios.
A reestruturação pretende, segundo a administração da Carris, tornar a empresa mais produtiva e reduzir custos, no âmbito de um plano que prevê a dispensa de 1200 trabalhadores até ao final de 2005.