O presidente da Comissão de Saúde Materna Neonatal, disse que há falta de especialistas, ginecologistas e obstetras. Por esta razão, Albino Aroso coloca a hipótese do fecho de algumas maternidades.
Em entrevista ao «Público», Adlbino Aroso (na foto), explicou que há falta de especialistas em relação ao número de serviços existentes no país, citando o exemplo holandês, em que o número de especialistas é suficiente, dado que os serviços estão concentrados.
Assim, e como forma de solucionar o problema, o presidente da Comissão de Saúde Materna Neonatal defendeu a concentração de recursos humanos nos hospitais com maior capacidade de resposta, bem como o fecho de alguns serviços de obstetrícia em todo o país.
Segundo Albino Aroso, a falta de especialistas, que tem estado a afectar o funcionamento de algumas maternidades, deve-se ao esquecimento de uma diagnóstico efectuado no final dos anos 90.
Na altura, a Comissão de Saúde Maternal e Neonatal, juntamente com o colégio da especialidade de Ginecologia/Obstetrícia da Ordem dos Médicos apresentaram um «relatório com números que faziam prever o que ia acontecer e uma resposta para o aumento do número de internos».
Só para o ano vão ser abertas 26 vagas em vez das habituais «sete, oito, nove ou dez», como explicou Albino Aroso, que mesmo assim defende que este número «não vai resolver os problemas dos hospitais periféricos, porque a formação dos internos é feita nos hospitais centrais e dura seis anos».