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Agentes da BT alvo de milhares de escutas telefónicas

O julgamento aos agentes da Brigada de Trânsito acusados de corrupção, que decorre no Tribunal de Albufeira, incidiu sobre a investigação ao caso. A audiência explicou que os agentes em causa foram alvo de milhares de escutas telefónicas.

O responsável da Polícia Judiciária (PJ) que coordenou a investigação, Amável Sousa, explicou no tribunal que foram efectuadas mais de 77 mil escutas telefónicas a 25 agentes da Brigada de Trânsito (BT), da GNR, e que foram determinantes para as detenções dos arguidos.

A acusação terá sido baseada no conteúdo das escutas telefónicas, que permitiram ainda montar esquemas de vigilância aos militares em causa. O director-adjunto da PJ de Faro, Guilhermino Encarnação, adiantou que toda a investigação partiu de uma informação do próprio comandante da zona Sul da BT, o tenente-coronel António Antunes.

Posteriormente terá sido ainda efectuada uma denúncia anónima, que referia os nomes dos arguidos e alguns dos actos de corrupção. No julgamento, a defesa continua atentar desmontar as teses elaboradas pela acusação.

Os autos judiciais afirmam que uma empresa forneceu a um dos principais arguidos, o sargento Joaquim Garcia, três camiões de areia, com um valor de 3500 euros, para a construção de uma residência, apesar de um dos advogados dizer que tem provas da facturação do material, que pediu para serem acrescentadas aos autos.

Redação